segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O violão (para Tânia Monteiro)


Ela certamente não deve se lembrar desse fato.
Posso dizer que hoje sou músico graças a professora Tânia. Por que? Vocês saberão.
Início dos anos 90. Minha mãe chega com a seguinte notícia:
- “Márcio, a Dona Tânia (sim, até hoje a mãe chama ela de Dona Tânia! Hehe) tem um violão velho lá na casa dela. Perguntou se tu não quer”.
O que era um violão? Curioso, fui até a casa da então diretora do Osorinho que ficava ali no Cristal. Ela me recebeu e me entregou um trambolho enrolado numa capa marrom desbotada:
- “Pode levar Marcinho. Os guris não tocam mesmo”.
Levei pra casa um violão da marca “Rei”, com tampo em marfim e o braço marrom sem cordas (tinha sim, duas cordas de aço velhas!).
Tamanha foi minha curiosidade que comecei a fuçar no instrumento musical. Logo comprei cordas novas, passei óleo de peroba, lustrei e arrisquei umas notas.
Descobri que o CECOPAM dava aulas gratuitas de violão. Fui lá.
Em um mês eu já tocava a minha primeira canção. “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos” música que o Rei fez pro Caetano exilado em Londres.
Eu ainda tenho a viola, só que ela está toda modificada. Fiz colagens, coloquei fotos, verniz... Está praticamente um violão “Tropicalista”.
Hoje eu sou músico com carteirinha da OMB e tudo. Sem saber, a Professora Tânia foi quem deu o pontapé inicial na minha carreira.
Obrigado Tia Tânia!

Márcio.

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