domingo, 16 de agosto de 2009

Osorinho, o eterno coleginho !!!

Me chamo Márcio Machado. Estudei no Osorinho de 1984 à 1994 (Dois anos de Jardim A e B com a professora Erotildes (Erô) e mais oito anos de currículo por atividade e por área, hoje chamados de ensino fundamental e médio).
Bem, sou suspeito em falar desse lugar maravilhoso, mágico. Minha avó era a merendeira que fazia todas aquelas gostosuras lá no antigo refeitório. Era a Tia Norma. Minha mãe também trabalhou lá pelo CPM (Iara). Portanto, além de estudar na escola eu "vivia" lá dentro. Depois da minha aula que era pela manhã, almoçava na escola e ficava ajudando a professora Helô (Heloisa De Angelis). Muitos recreios da tarde eu ficava na pracinha organizando jogos e contando historinhas. Meu pai ia nos buscar. Lembro nitidamente de chegar em casa a tardinha e tomar café assistindo a reprise de “Roque Santeiro”. Era um tempo tão bom... Tinha aulas particulares de matemática (de graça, olha só!) com a professora Maria do Socorro depois do almoço. Valeu Mary Help!
Na primeira série, quando a tia Rosa de Fátima me dava as primeiras lições de abc, lembro que um desenho feito por mim rodou os murais da escola: era um desenho que ilustrava bem a época, “As professoras protestando contra o então governador Pedro Simon com as sinetas na mão”. Uma verdadeira obra. Pena que não a tenho mais...
O tempo em que o Osorinho tinha uniforme azul-marinho com uma listinha amarela. Essa época foi de ouro!
Vi a “Banda Passar” e ensaiar nas tardes de inverno... Era inexplicável a sincronia dos seus participantes. Não foi à toa que ganharam muitos prêmios! E os desfiles de 7 de setembro? Nossa... Era um movimento em toda a comunidade. Sou do tempo dos desfiles na Av. Cavalhada. De buscar o fogo Simbólico com a Tia Susana no posto que ficava na Av. Wenceslau Escobar. A pira da pátria ficava aos pés do famoso “Jambolão”. Era uma sujeira só naquele chão...
"Eu te amo meu Brasil", dos Incríveis, era a música que tocava depois do Hino... Já havíamos saído do regime militar, mas a canção entoou muito... Lembro bastante dessa música.
Quem não se lembra do Robson? Ele marchava junto e ficava conosco no recreio. Foi triste o dia em que ele se foi.
Fazer xerox era uma coisa muito difícil nos anos 80, inicio dos 90. Num mundo de mimeógrafos com aquele cheiro de álcool, descobrimos o Xerox da Lojinha 1.
Muitas coisas... muitas pessoas...
Seu Romeu e Dona Maria: guardiões da Escola! Nunca os esquecerei! Depois veio o Seu Ataídes e família.
As visitas ao Parque Osório, onde fazíamos memoráveis “pique-niques”.
O abacateiro, que tanta sombra nos deu, se fora com o maldito vendaval! Vendaval este, que atingiu com uma telha os calcanhares das professoras Ana Luiza e Jussara. Vendaval este, que acabou com o telhado do CPM. Conseguimos salvar o xerox recém comprado pela professora Vera Borges.
E o incêndio que destruiu a biblioteca? Nossa, eu lembro de andar por sobre as cinzas dos livros. Não restou nada. A Tia Léa entrou em desespero. Ficou muito triste... Teve uma reportagem da Zero Hora sobre o fato. Lembro da foto em que mostrava a Janila com a cara apavorada olhando pros restos... Mas ainda bem que o Osorinho se reergueu... Como Fênix que ressurge das cinzas!
E as gincanas? Uma vez o Lasier Martins da RBS participou. O empenho das turmas era enorme. A minha turma arrecadou mais de duzentas listas telefônicas usadas... hehehe. E as festa Juninas? Eram intermináveis. Sempre com aquelas musiquinhas de São João entoando ao fundo...
E a Tia verinha (Vera Elaine) que esperava bater o sinal para entrar e “detonar” a sujeira das salas de aula.
O “audiovisual” onde saiam cobras e lagartos. Cobras e lagartos “do bem”, já que era bem cuidado pelas profes Noemi e Jane.
As minhas “terríveis notas ruins” nas provas da Nilda. Muito sofri, até que um dia tirei um “Dez” e ela me recomendou que eu colocasse num quadro!
As aulas de educação física! Berenice, Tânia Monteiro e Tia Susana. Eu gostava quando a gente saia para caminhar pelo bairro. Trinta minutos de caminhada e depois jogo de “Newcon” (não sei como escreve)... era uma coisa de louco. E quando chovia? Bem, nós íamos pra baixo do pavilhão coberto.
Ah, lembrei que ganhei 5° lugar (veja bem, 5° lugar!) em um concurso de histórias em quadrinhos promovido pela professora Pitty. O 1°lugar? Foi para uma aluna que fez uma historinha sobre o fatídico “calendário rotativo” dos titios Collares e Neuza Canabarro...
E as regrinhas do português qua a Bete e a Odete passavam? Confesso que até os dias de hoje eu as uso: “Quem vai à e volta da, crase há”. “Quem vai a e volta de, crase pra quê”?
Eu gostava mesmo era dos mapas da Maria Amélia. E nunca esqueci o “Verb to be” da teacher Maria Helena.
E as aulas de Educação Moral e Cívica com a inesquecível “Elenice e seus turbantes”. Ela detestava os “entupitivos” do Bar do Brutus...
Vocês lembram que antes do Bar do Brutos existia uma casinha de lata escrita “Pepsi”? Pois é, o lanche era vendido ali a muuuito tempo atrás!
A professora Olga era uma enorme australiana que esteve conosco por algum tempo. Digo enorme porque era grandona mesmo. Mais de dois metros de altura.
E o teatro das caveirinhas do Tiarajú? "O Pulso, ainda pulsa", “Hei Al Capone, vê se te orienta”...
A construção do prédio novo: uma eterna Odisséia de Ulisses! Enquanto não ficava pronto, nos brincávamos escondidos nas suas futuras instalações. Muitos girinos eu catei nos laguinhos que se formavam lá!
Na oitava série viajamos para Santa Catarina com as professoras Tânia, Maria Helena e Mara. Foi inesquecível!
Deixei o Osorinho em 1994, formado e pronto para encarar o segundo grau. Certamente foi a “escola da minha vida”.

VIDA LONGA AO OSORINHO!!!

Márcio Machado - Marcito da Viola

Um comentário:

  1. Marcito que MARAVILHA!!!!Fui revivendo cada fato que tu comentava e me emocionando,ali naquela escola passei metade da minha vida(25anos)onde a historia da minha vida profissional se mistura com a historia da minha vida familiar,ali eu fiz as melhores amizades,a familia que a gente escolhe.
    Fui muito feliz ali.

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